sábado, 9 de setembro de 2017

como saber se tenho lúpus

Volta e meia chega uma perguntinha in box querendo saber como é como deixa de ser o Lúpus, tentarei ser o mais elucidativa possível nesta postagem, lembrando que os sintomas variam de pessoa para pessoa.
Os tipos de Lúpus:
 
Lúpus Discoide:
As lesões se limitam a pele, geralmente rosto e nuca afetando também o couro cabeludo, essas lesões são avermelhadas, por isso o nome ERITEMATOSO, eritema = vermelho = rubor.
Lúpus Sistêmico
A inflamação ocorre no organismo, comprometendo vários órgãos ou sistemas do corpo não sendo restrito a pele.
 
Lúpus induzido por drogas
Algumas drogas ou medicamentos podem provocar uma inflamação temporária enquanto do seu uso e provocar sintomas que são muito parecidos com os do lúpus sistêmico. As manifestações desaparecem com o parar do uso.
 
Falamos muito em borboletas e em asas de borboletas, mas porquê?
O Lúpus na maioria das pessoas desenvolve uma lesão que lembra uma asa de borboleta pousada sobre a face, e no sentido de anuviar o nosso fardo, nós, nos auto intitulamos de borboletinhas.
O nome desta “asa de borboleta” é Rash Malar ou Rash Cultâneo, ele aparece em pelo menos 50% dos pacientes, costuma durar alguns dias e recorre sempre que há exposição solar. Exposição prolongada a luzes fluorescentes também pode desencadear lesões cutâneas do lúpus. Em mim aparece sempre que faço esforço, caminhada, limpo a casa ou tenho alguma raiva.
 
 
Usamos muito o termo lobo nas nossas conversas,” vamos adormecer este lobo” ou “o lobo está me atacando”, porquê?
O nome lobo vem de Lúpus que significa lobo em latim. Existem muitas histórias para que a doença tenha este nome, uma delas é  porque alguns médicos achavam que a uma mancha que surge na face de algumas pessoas com LES teria um aspecto parecido com a que surge na face de alguns tipo de lobo, outra provém de umas mascaras que as mulheres usavam pra esconder as feridas causadas pela doença.
 
Como saber se eu tenho Lúpus?
Existem alguns sintomas comuns às pessoas que desenvolvem o lúpus.
Vale a pena anotar todo e qualquer sintoma diferente que aparecer no seu corpo e depois consultar um médico reumatologista.
O Cansaço é inerente ao lúpus, indisposição, fadiga, sensação de peso nas pernas, nós nos cansamos apenas por cansar, não há necessidade de esforço para que isso aconteça.
Queda de cabelo, quando a doença está em atividade os cabelos caem muito, ficam no ralo, na casa, na escova e principalmente no travesseiro, geralmente caem em chumaços.
Falta de ar e palpitações também são observadas.
Gânglios aumentados, sabe aquelas ínguas que tínhamos quando criança, quando nos feríamos? Pois é, em mim foi um dos primeiros sintomas, eu parecia um peixe, as glândulas atrás das orelhas eram enormes e eu nem podia salivar por que doía até a alma.
Aftas, eu vivia com uma pomadinha oral pra aliviar os sintomas.
Febre, Rash Malar e Desconforto em geral.
Dor articular, principalmente mãos e punhos. Uma curiosidade é que a dor ia migrando de um canto pro outro, como se enjoasse da articulação.
 
E no laboratório, quais exames tem que ser feitos?
FAN, fator anti nuclear, existem vários tipos de FAN, cada um detecta uma doença autoimune diferente, o resultado de FAN pra lúpus geralmente vai aparecer Nuclear Pontilhado Fino ou Homogêneo (mas o FAN explico com detalhes em outro post).
Eletroforese de Proteínas, Creatinina, PCR, VHS, Hemograma Completo, Sumário de Urina, entre outros que seu reumatologista irá te pedir, e o mais importante, não adie, faça todos!
 
Eu tenho lúpus, posso ter uma vida normal?
Se feito o tratamento tão logo descoberta a doença, sim é possível ter uma vida normal.
Na maioria dos casos pacientes com lúpus vivem bem.
Será uma vida normal, porém vigiada, e é necessária atenção redobrada aos sinais do corpo, evitar o sol e fazer o tratamento correto.
Lúpus ainda não tem cura, mas tem excelentes tratamentos.
Para Deus nada é impossível, o cuidado com nossa saúde hoje refletirá na nossa qualidade de vida amanhã.
Espero ter ajudado.
Fonte de pesquisas MD Saúde, Minha Vida Saúde e Sociedade Brasileira de Reumatologia.

minha namorada tem lúpus e agora

Essa é uma real história de ficção!
Minha namorada foi diagnosticada com lúpus e tenho muitas dúvidas:
Eu posso pegar lúpus nas relações sexuais?
Não.
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune sistêmica caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, inflamação em diversos órgãos e dano tecidual. Uma doença autoimune é uma condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Logo, o organismo de quem tem lúpus se auto ataca, não sendo em hipótese alguma, uma doença contagiosa.
Não existe nenhuma forma de se “transmitir”  lúpus.
Será que poderemos casar, ter uma vida normal com filhos?
Sim.
Hoje é possível levar uma vida normal, ou relativamente normal, quando se é paciente de lúpus, a cada ano as medicações estão tendo melhores resultados e respostas no tratamento e os pacientes estão sendo diagnosticados mais cedo.
A diferença de cuidados começa antes mesmo de o casal tentar engravidar, porque a gestação de uma paciente com lúpus deve ser bem planejada. A doença precisa estar inativa por cerca de seis meses antes da concepção para evitar riscos para a mãe e a criança.
É claro que existem exceções.
Ela vai morrer cedo?
Somente Deus sabe quando nos levará daqui, todos os dias pessoas morrem de tudo ou do nada, todos os dias pessoas com lúpus fazem aniversário!
Costumo dizer que vou morrer com lúpus, mas não de lúpus.
Se tivermos filhos eles poderão ter lúpus?
O lúpus eritematoso neonatal (LEN), uma doença imunológica rara, pode manifestar-se por bloqueio cardíaco congênito, erupção cutânea e alterações laboratoriais.
Na maior parte dos casos, as mulheres com lúpus dão à luz a crianças normais, mas há uma pequena chance de ocorrer abortamento, ou de o bebê nascer prematuro ou com baixo peso, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
Muda algo no sexo?
Sim, às vezes sentimos muitas dores nas articulações, mas não deixamos de sentir desejo, por esta razão a delicadeza e o cuidado são fundamentais. Muitas tem problemas com lubrificação intima, converse com sua namorada e entenda do que ela precisa para que a relação a dois tenha um encaixe perfeito.
O que posso fazer para tornar a vida dela melhor?
Que lindo!
Pode acompanhar as consultas e aos exames,  pode tentar levar a vida mais leve junto com ela.
Tentar se colocar no lugar dela de vez em quando, entender que dor é real, que o cansaço físico existe e que a fadiga não é preguiça.
Incentivar exercícios físicos,  idas aos médicos e psicólogos.

Lembrando que as opiniões dadas aqui não substituem o diálogo nem a orientação médica.

o que é lúpus

Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune sistêmica caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, inflamação em diversos órgãos e dano tecidual. Sua etiologia permanece ainda pouco conhecida, porém sabe- se da importante participação de fatores hormonais, ambientais, genéticos e imunológicos para o surgimento da doença. As características clínicas são polimórficas, e a evolução costuma ser crônica, com períodos de exacerbação e remissão. A doença pode cursar com sintomas constitucionais, artrite, serosite, nefrite, vasculite, miosite, manifestações mucocutâneas, hemocitopenias imunológicas, diversos quadros neuropsiquiátricos, hiperatividade reticuloendotelial e pneumonite.
“LES afeta indivíduos de todas as raças, sendo 9 a 10 vezes mais frequente em mulheres durante a idade reprodutiva. “
A incidência estimada em diferentes locais do mundo é de aproximadamente 1 a 22 casos para cada 100.000 pessoas por ano, e a prevalência pode variar de 7 a 160 casos para cada 100.000 pessoas. No Brasil, estima-se uma incidência de LES em torno de 8,7 casos para cada 100.000 pessoas por ano, de acordo com um estudo epidemiológico realizado na região Nordeste. A mortalidade dos pacientes com LES é cerca de 3 a 5 vezes maior do que a da população geral e está relacionada a atividade inflamatória da doença, especialmente quando há acometimento renal e do sistema nervoso central (SNC), a maior risco de infecções graves decorrentes da imunossupressão e, tardiamente, às complicações da própria doença e do tratamento, sendo a doença cardiovascular um dos mais importantes fatores de morbidade e mortalidade dos pacientes.
Fadiga é uma das queixas mais prevalentes do LES em atividade. Febre, geralmente moderada e com resposta rápida ao glicocorticoide (GC), é verificada na maioria dos pacientes no momento do diagnóstico. Mialgias, perda de peso e linfadenopatia reacional periférica podem ser comumente encontradas nos pacientes com LES.
O envolvimento articular é a manifestação mais frequente, depois dos sintomas constitucionais, sendo detectado em mais de 90% dos pacientes durante a evolução da doença. Necrose asséptica de múltiplas articulações, principalmente da cabeça do fêmur, pode ocorrer, particularmente nos pacientes em uso de GC em dose elevada por longos períodos. Perda de massa óssea com aumento do risco de osteoporose e fraturas geralmente está associada com uso crônico de GC e deficiência de vitamina D decorrente da baixa exposição solar. As lesões de pele são comuns e podem ser variadas.
A maioria dos pacientes apresenta fotossensibilidade após exposição à radiação solar ou artificial (lâmpadas fluorescentes ou halógenas). A clássica lesão em asa de borboleta, caracterizada por eritema malar e no dorso do nariz, preservando o sulco nasolabial, é identificada em menos de 50% dos casos.
Úlceras orais e nasais, em geral indolores, são achados em cerca de um terço dos pacientes. As lesões do lúpus discoide manifestam-se por placas eritematosas cobertas por uma escama aderente, envolvendo comumente o couro cabeludo, as orelhas, a face e o pescoço. Inicialmente, essas lesões são hiperpigmentadas e evoluem com uma área central atrófica, com ausência de pelos.Neste Protocolo, o lúpus discoide é abordado como uma forma de manifestação cutânea associada ao LES, sendo a sua forma isolada, sem manifestações sistêmicas, considerada uma doença dermatológica. No lúpus cutâneo subagudo, as lesões são simétricas, superficiais, não cicatriciais, localizadas em áreas fotoexpostas. Elas iniciam como pequenas pápulas eritematosas, progredindo para lesões anulares policíclicas ou papuloescamosas (psoriasiformes) e costumam cursar com a presença do anticorpo anti-Ro/SSA.
O fenômeno de Raynaud, caracterizado por alterações vasculares (vasoconstrição e vasodilatação) que determinam mudança na coloração das extremidades (palidez, cianose e rubor), está presente em cerca de 16% a 40% dos pacientes e geralmente se associa com estresse emocional ou frio. Na experiência clínica, alopecia, geralmente difusa ou frontal, é um achado frequente, constituindo-se em um bom marcador de agudização do LES.
Pericardite é a manifestação cardíaca mais comum, podendo ser clínica ou subclínica, e ocorre em até 55% dos pacientes.O derrame pericárdico geralmente é pequeno e detectável apenas por ecocardiografia, raramente evoluindo para tamponamento cardíaco ou pericardite constritiva. Miocardite está frequentemente associada a pericardite, ocorrendo em cerca de 25% dos casos. Acometimento valvar é frequentemente detectado por ecocardiografia e o espessamento valvar é a alteração mais encontrada. Endocardite de Libman- Sacks caracteriza-se por lesões verrucosas, localizadas especialmente nas valvas aórtica e mitral, sendo descritas em até 43% dos pacientes. Geralmente, apresenta um curso clínico silencioso, podendo, em raros casos, evoluir com eventos tromboembólicos e endocardite infecciosa. Episódios tromboembólicos também podem estar associados à presença de anticorpos antifosfolipídios e ao uso crônico de GC ou de anticoncepcional oral. Doença arterial coronariana, outra manifestação muito importante, está relacionada com processo acelerado de aterogênese e com morbidade e mortalidade precoces.
Envolvimento pulmonar ou pleural ocorre em cerca de 50% dos pacientes. A manifestação mais comum é pleurite com derrame de pequeno a moderado volume, geralmente bilateral; menos comumente, hipertensão pulmonar e pneumonite lúpica. A hipertensão pulmonar geralmente é de intensidade leve a moderada, ocorrendo em 12% a 23% dos casos. O quadro agudo de pneumonite cursa com febre, tosse, hemoptise, pleurisia e dispneia, detectada em até 10% dos pacientes. Mais raramente, encontram-se síndrome do pulmão encolhido e hemorragia alveolar aguda. Manifestações de doença renal ocorrem em cerca de 50% dos pacientes, sendo hematúria e proteinúria persistentes os achados mais observados. Nefrite lúpica pode cursar com síndrome nefrítica ou nefrótica, consumo de complementos, positivação do anti-DNA nativo e, nas formas mais graves, trombocitopenia e perda de função renal. Sintomas neuropsiquiátricos podem ocorrer nos pacientes com LES, sendo possível dividi-los em eventos primários (danos imunomediados no SNC) e secundários (repercussão da doença em outros órgãos ou complicações terapêuticas). O espectro clínico do lúpus neuropsiquiátrico inclui síndrome cerebral orgânica, psicose, quadros depressivos, deficits funcionais, acidentes vasculares encefálicos, neuropatias periféricas, neuropatias cranianas, mielite transversa e convulsões. Convulsão e psicose podem constituir-se na primeira manifestação isolada da doença.  A atividade da doença pode ser avaliada pela combinação de anamnese, exame físico e exames laboratoriais.
A identificação de fatores de risco, de complicações e da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado dão à Atenção Básica um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico e prognóstico dos casos.

a história do lúpus

O dia 10 de Maio
 
O Dia Mundial do Lúpus enfoca a necessidade de aumentar a consciência pública, a compreensão da doença, uma maior atenção dos médicos, bem como o aumento da investigação sobre as causas e a procura de uma cura.
P.S Meu aniversário!
A História do Lúpus
A história de LES pode ser dividida em três períodos: clássico, neoclássico, e modernos. Em cada período, a pesquisa e a documentação avançou a compreensão e diagnóstico da doença, levando à sua classificação como uma doença autoimune em 1851, e para as várias opções de diagnóstico e tratamentos agora disponíveis para pacientes com LES. Os avanços da ciência médica no diagnóstico e tratamento do LES tem melhorado consideravelmente a expectativa de vida de uma pessoa diagnosticada com LES.
 
 
Etimologia
Há várias explicações o nome  lúpus eritematoso. A palavra Lúpus em Latim significa  lobo, e “erito” é derivado do “ερυθρός”, palavra grega para “vermelho”. Todas as explicações se originaram da cor avermelhada, em forma de asa de borboleta, o Eritema Malar ou Rash Malar que a maioria dos pacientes com a doença apresentam em todo o nariz e bochechas.Em alguns relatos médicos, via -se que o nome Lúpus era por causa do desenho da pelagem do lobo, em outros já se afirmava que as erupções na pele se assemelhavam a mordidas de lobos.
Outro relato afirma que o termo “lúpus” não veio do latim diretamente, mas a partir do termo para um estilo francês de máscara que as mulheres supostamente usavam para esconder a erupção em seus rostos. A máscara é chamada de “loup”, lobo em francês.
Período clássicoO período clássico começou quando a doença foi identificada pela primeira vez na Idade Média. O termo lúpus é atribuída ao médico italiano do século 12 Rogerius Frugard, que a usou para descrever as feridas ulcerosas  nos pés de pacientes. Não existia muitos tratamentos para aliviar os sintomas da doença.
 
Período neoclássico
O período neoclássico começou em 1851, quando a doença de pele conhecida agora como lúpus discoide foi documentada por médico francês, Pierre Cazenave. Cazenave  acrescentou a palavra eritematoso para distinguir esta doença de outras doenças que afetam a pele.  Cazenave observou a doença em vários pacientes e fez notas muito detalhadas para ajudar os outros no seu diagnóstico. Ele foi um dos primeiros a documentar o lúpus em adultos afetados desde a adolescência.
A pesquisa e a documentação da doença continuou no período neoclássico com o trabalho de Ferdinand Von Hebra e seu filho, Moritz Kaposi. Eles documentaram os efeitos físicos do lúpus, bem como algumas possibilidades de que a doença causava danos internos. Von Hebra observou que sintomas do lúpus poderiam durar muitos anos e que a doença poderia “adormecer” depois de anos de atividade agressiva e, em seguida, re-aparecer com sintomas seguindo o mesmo padrão geral. Estas observações levaram Hebra a classificar o lúpus como uma doença crônica, em 1872.
Kaposi observou que o lúpus assumiu duas formas:. As lesões de pele (agora conhecida como lúpus discoide) e uma forma mais agravada que afetou não só a pele, mas também causou febre, artrite e outras doenças sistêmicas em pacientes.  Este último também apresentou uma erupção confinado à face, aparecendo nas bochechas e pela ponte do nariz; Ele chamou isso de “rash butterfly”. Kaposi também observaram aqueles pacientes que desenvolveram a “erupção borboleta” (ou eritema malar) freqüentemente sofriam de outras doenças como a tuberculose, anemia, o que muitas vezes causou a morte do paciente. Kaposi foi uma das primeiras pessoas a reconhecer o que que existiam dois tipos de lúpus, o sistêmico e o discoide.A pesquisa do século 19 em lúpus continuou com o trabalho de Sir William Osler, que, em 1895, publicou o primeiro de seus três trabalhos sobre as complicações internas de eritema exsudativo multiforme. Nem todos os casos de pacientes em seu papel sofriam de LES mas o trabalho de Osler expandiu o conhecimento de doenças sistêmicas e documentadas complicações viscerais extensas e críticas de várias doenças, incluindo lúpus. Observando que muitos pacientes com lúpus tinha uma doença que não só afetou a pele, mas muitos outros órgãos do corpo, Osler acrescentou a palavra “sistêmico” para o lúpus eritematoso e para distinguir este tipo de doença de lúpus eritematoso discoide. Segundo as anotações de Osler, ele observou que a recorrência é uma característica especial da doença e que os ataques podem ser sustentadas durante meses ou mesmo anos. Um estudo mais aprofundado da doença levou a um terceiro papel, publicado em 1903, documentando aflições, como a artrite, a pneumonia, a incapacidade de formar ideias coerentes, delírio, e danos no sistema nervoso central como todos os pacientes que afetam diagnosticados com LES.
Esta descoberta inaugurou a era atual da aplicação da imunologia para o estudo do lúpus eritematoso; ele também permitiu o diagnóstico de indivíduos com formas muito mais leves da doença. Essa possibilidade, juntamente com a descoberta da cortisona como um tratamento, mudou a história natural do lúpus como era conhecido antes desse tempo.
Período moderno
O período moderno, a partir de 1920, viu grandes desenvolvimentos na investigação sobre a causa e tratamento de lúpus discoide e sistêmico. Pesquisa realizada em 1920 e 1930 levou às primeiras descrições detalhadas de lúpus patológicos e demonstrou como a doença afetou o rim, coração e tecido pulmonar. Um grande avanço foi feito em 1948 com a descoberta da célula LE. Descoberto por uma equipe de pesquisadores da Clínica Mayo, eles descobriram que as células brancas do sangue contido no núcleo de outra célula que estava empurrando contra a própria célula núcleo do branco. Observando que o núcleo invasor foi revestido com um anticorpo que permitiu que possa ser ingerido por uma célula fagocítica ou sequestrante, eles chamado o anticorpo que faz com que uma célula para outra ingerir o fator de LE e da célula de dois núcleos resultar da célula LE. A célula LE, determinou-se, era uma peça de uma reação de anticorpos anti-nucleares (ANA); o corpo produz anticorpos contra seus próprios tecidos. Esta descoberta conduziu a um dos primeiros testes definitivos para lúpus desde células LE são encontrados em cerca de 60% de todas as pessoas diagnosticadas com lúpus  (Nota:. O teste de células LE raramente é realizado como um teste definitivo lúpus hoje, como células LE nem sempre ocorrem em pacientes com lúpus e pode ocorrer em indivíduos com outras doenças autoimunes. A sua presença pode ser útil para estabelecer um diagnóstico, mas não indica um diagnóstico definitivo LES). Dois outros marcadores imunológicos foram reconhecidos na década de 1950
como sendo associado com lúpus: o teste falso-positivo biológica para sífilis e o teste de imunofluorescência para antibodies antinuclear
Moore, trabalhando em Baltimore, demonstrou que o lúpus sistêmico
desenvolvido em 7 por cento dos 148 indivíduos com testes
falso-positivos para sífilis crônicas e que mais 30 por cento tinham
sintomas consistentes com doença colágeno.
A descoberta da célula LE levou a novas pesquisas e isso resultou em testes mais definitivos para lúpus. Com base no conhecimento de que aqueles com LES tinham auto-anticorpos que se ligam aos núcleos de células normais, fazendo com que o sistema imunológico enviasse células brancas do sangue para combater estes “invasores”, foi desenvolvido um teste de olhar para o anti- anticorpos antinucleares (ANA), em vez de células LE especificamente. Este teste ANA era mais fácil de executar e levou não só para um diagnóstico definitivo para o lúpus, mas também muitas outras doenças relacionadas. Esta descoberta levou ao desenvolvimento do que são agora conhecidos como doenças autoimunes.
Para garantir que o paciente tem lúpus e não outra doença autoimune, o Colégio Americano de Reumatologia (ACR) estabeleceu uma lista de critérios clínicos e imunológicos que, em qualquer combinação, apontam para LES. Os critérios incluem sintomas que o paciente possa identificar (por exemplo, dor) e as coisas que um médico pode detectar por um exame físico e pelos resultados de testes de laboratório. A lista foi compilada originalmente em 1971, inicialmente revisto em 1982, e posteriormente revisto e melhorado em 2009.
Historiadores médicos têm teorizado que as pessoas com porfíria (uma doença que compartilha muitos sintomas com LES) foi imaginado histórias folclóricas de vampiros e lobisomens, devido à fotossensibilidade, cicatrizes, o crescimento do cabelo, e porfirina dentes manchados marrom-avermelhadas em formas recessivas graves de porfiria ( ou combinações de o distúrbio, conhecido como dupla, homozigótica, heterozigótica ou composto porfírias)
Medicamento útil para a doença foi encontrada pela primeira vez em 1894, quando o quinino foi relatada pela primeira vez como uma terapia eficaz. Quatro anos mais tarde, o uso de salicilatos em conjunto com quinina foi anotado para ser de ainda maior benefício. Este foi o melhor tratamento disponível até o meio do século XX, quando Hench descobriu a eficácia de corticosteróides no tratamento de LES.
Ao longo da última década, temos assistido a avanços significativos na compreensão da base genética de lupus, e dos distúrbios imunológicos que levam às manifestações clínicas da disease. Avanços foram feitos na avaliação do impacto da doença no general, e em grupos populacionais minoritários, em particular e os esforços estão sendo feitos para a definição de biomarcadores lúpus que podem ajudar tanto para prever a evolução da doença e orientar tratamentos.Finalmente, nenhuma discussão sobre a história do lúpus é completa sem uma avaliação do desenvolvimento de terapia. Payne, em 1894, relatada pela primeira vez a utilidade de quinina no tratamento de lúpus Quatro anos mais tarde, o uso de salicilatos em conjunto com quinina também foi observado ser de benefico Como se observa, cortisona / corticosteróides foram introduzidos para o tratamento do lúpus na parte do meio do século 20 por Hench. Atualmente, os corticosteróides são a terapia primária para quase todos os indivíduos com lúpus.Antimaláricos, usados ​​no passado principalmente para o lúpus pele e comprometimento articular, são agora reconhecidos para prevenir a ocorrência de chamas, o acúmulo de danos, e a ocorrência das primeiras mortalidades citotóxicas / imunossupressores são usados ​​para glomerulonefrite, vasculite sistêmica, e outras manifestações fatais graves de lúpus recente agentes biológicos são agora usados, ou off-label ou após a aprovação pelos órgãos reguladores em os EUA, Europa e outros países. Outros produtos potenciais da droga estão sendo investigados como novos caminhos da doença estão sendo descobertos.Assim, a história do lúpus, sofreu uma explosão neste século, principalmente durante a era moderna e ao longo dos últimos 60 anos. Espera-se que este crescimento permita uma melhor compreensão da imunopatogénese da doença assim como se desenvolvam tratamentos mais eficazes.

lúpus em cordel

Um dia sem avisar
Vi de longe o Lúpus chegar
Chegou sem fazer rodeios
Mandou todos os sonhos pra escanteio
Do meu corpo se tornou mandante
Trouxe com ele a dor, a tristeza e  face ruborizante
Meus cabelos resolveu derrubar
E meu corpo deformar
Meu olhar deixou cansado
E meu rosto desfigurado
Quem olhava tal moça a fraquejar ficava admirado
Como pode isso? Seria mal olhado?
Deixando o Lobo de lado
Trazendo a Borboleta à vida
Conseguindo com luta, carinho e afago
Curar o tal “mal olhado”
E eu de maneira atrevida quero encontrar uma saída
Praquela história tão sofrida
Mas que saída teria eu
Depois que o lobo me mordeu?
Tive que tomar uma atitude
Pois sei que com todo esse grude
Quem tem Lúpus não se ilude
Sabe que quem é FELIZ consegue ter saúde

asa de borboleta

Um dia ao olhar no espelho me assustei
Nossa que vermelho, eu pensei
Estaria eu bronzeada ou maquiada?
Não, estava mesmo muito corada
Seria isso tudo saúde?
Não pode, meu corpo que de tão amiúde sofrimento
Não sentia tal revigoramento
Não, isso não me ilude
Seriam asas de borboletas
Mas será alguma piada?
A asa de nada adiantava
Meu Deus que decepção
Nunca estive tão presa ao chão
Resolvi então imaginar
Quem sabe um dia consigo voar
Ou então acordar e ao espelho voltar
Quem era aquela, com a face tão singela?
E ao espelho eu voltei
E as asas amei
Então sai do chão
O segredo? A aceitação.
Aninha

olho de borboleta

Ora que brincadeira Isso não é cor de geladeira
Achei que branca tinha comprado
Mas agora ela tinha de cor mudado
A parede tinha certeza
Essa eu mesma pintei
E a cor branca eu comprei
Bege de novo eu pensei
Estaria endoidando?
Ou o mundo amarronzando?
Corri pro Oftalmologista
Doutor o que há com a minha vista?
É catarata, pro seu olho não tem solução
Tem que haver operação
Oh! Que tristeza, que dó
Tão nova e vou operar junto com a vovó
Operei
A catarata tirei
Que visão!
Essa é sem dúvida uma excelente operação!
Não tenha medo
Não adie
Com prednisona e cloroquina
Oftalmologista tem que ser rotina
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